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sábado, 24 de janeiro de 2009

A Hora e a Vez dos Blogs


Hoje saiu o resultado do Best Blogs Brazil 2008, um concurso que premia os melhores blogs da internet brasileira em trinta categorias diferentes. A cada ano os blogs se mostram mais influentes na formação da opinião pública e já afetam as mídias tradicionais.
Jornais e revistas já reinaram absolutos no reino da informação até terem que dividir espaço com o rádio e mais tarde com a televisão, mas como cada um desses veículos tem uma especificidade própria, sempre foram mais complementares que concorrentes. Agora é diferente. A internet não só aumentou a velocidade da informação como ofereceu novas possibilidades de obtenção e divulgação. Mais que isso, tornou possível a qualquer pessoa transmitir a sua própria versão dos fatos.
O resultado é que as tiragens de jornais vem caindo no mundo todo. Recentemente alguns grupos de notícias, como o Estadão, fizeram campanha contra os blogs. Não é pra menos, já se fala no fim do jornal impresso para daqui a uma ou duas décadas (vídeo). Na França o governo até já preparou um "pacote" de incentivos para tentar salvar alguns jornais.
No Brasil o número de blogs já está na casa dos milhões. Um deles é este aqui, o Conversa de Bar.net, que hoje vem dar os parabéns aos blogs premiados!

3 comentários:

Flavia disse...

Nos EU esses pacotes já estão saindo - com a crise, muitas agências foram ou quase foram à falência.

No entanto, os pacotes de auxílio lá na terra do tio sam, eu, pelo menos, vejo com muito mais simpatia, pois apesar das Fox da vida (? não foram eles que influiram nas eleições que empossaram o Bush da primeira vez, quando Al Gore é que tinha ganhado as eleições?) eles têm autorgas muito mais democráticas, com uma miríade de canais que permitem que o Michael Moore tenha seu programa no ar, por exemplo (o Awful Truth, que era ótimo, mas não sei se ainda existe) e canais de notícias bastante combativos - como o Democracy Now (http://www.democracynow.org/) assim como rádios como a Radio Active (que faz tempo que não ouço, também não sei se ainda existe, mas por lá eu ouvia notícias de me deixarem de cabelo em pé - até hoje tenho uma reportagem guardada sobre o wall mart em honolulu que não consigo ouvir sem arrancar os cabelos: a situação dos ativistas da comunidade local protestando, ao lado das propagandas do supermercado, por terem seus lugares sagrados profanados - a construção do supermercado foi em cima de um cemitério tão antigo quanto aquela civilização)

Nos EU as agências de notícias não são só os primos da Globo e da Folha. (inveja mata, flavia, pense numa praia... - as vezes só meditação resolve minha estomatite)

Flavia disse...

Lá no Brainstorm9 tem bug e não dá pra comentar, por isso peço licença, vou deixar o texto aqui.

Vi lá, no post sobre a campanha do Estadão contra os blogs, que a discussão dos leitores caminha sobre a idoneidade dos autores, e como acho que a discussão é válida... tem leitor que diz que conhece pessoalmente os blogueiros que visita, que bota sua mão no fogo por eles, etc... acho que não se trata disso. A tarefa mais importante realizada pelos blogs é disponibilizar a informação que é lida, retrucada, outras informações são compartilhadas, re-analizadas, há todo um trabalho comunitário de procura e análise que tem se provado muito melhor que os comentários sem embasamento dos jornalões.

Não é preciso conhecer o autor pra confiar na notícia. Muitos dos artigos dos jornais não são assinados, e me lembro quando há uns anos atrás resolvi dar uma chance pra Folha e gastei meu rico dinheirinho. Abri numa página ao êsmo: havai uma reportagem ao estilo "isto é um absurdo" falando sobre os gastos do governo lula com tranporte (a reportagem levava a crer que era sobre transporte das pessoas que trabalhavam no planalto, mas não especificava) dizia que o gasto era tanto, mas não dizia com o quê, se foi feito por licitação, se o mesmo serviço poderia ser conseguido por muito menos, qual era especificamente o serviço, etc. Só dizia "absurdo", "absurdo", "absurdo". Claro que fiquei me sentindo uma pamonha de piracicaba por ter gasto o meu rico dinheirinho com aquela b...sta.

O leitor se pergunta tudo isso, ou aprende a perguntar em blogues (eu aprendi com o nassif, quando ele fez aquela série de matérias nas quais fazia todas as perguntas desse tipo às reportagens que tinha em mãos, tudo devidamente linkado para que pudéssemos olhar nós mesmos, ao invés de acreditarmos nele - como fazemos com os jornais).

Então não é preciso conhecer a idoneidade do cara que escreve. Na internet muito da informação está ao alcance dos dedos, mesmo que a agência não linke. Quanto aos blogueiros, os que aprendemos a respeitar, eles têm uma ética diversa do jornalista às antigas (que é ser supremo, dono das fontes de informação) ele linka tudo. você vai lá, faz também a sua própria pesquisa (qual o internauta que não sabe como usar o google?) e tira suas próprias conclusões.

Como blogueira não espero que tudo o que eu vá escrever seja à prova de críticas, pelo contrário: a crítica e ajuda de comentaristas e outros blogueiros ajuda a aprofundar a discussão e balizá-la.

A respeito desse tipo de crítica - que vê a explosão dos blogs como agência do demônio - sugiro um texto do Donizetti http://www.verbeat.org/blogs/donizetti/2009/04/o-culto-do-especialista.html.

Abraços a todos

Flavia disse...

A minha esperança é que os jornalões morram de vez - calma, eu sei que tem muito jornalista bom precisando ter como continuar a sê-lo... Eu espero que novas agências de notícias se formem pela internet. O blogueiro sempre vai depender das informações conseguidas pelos profissionais. Eu pagaria para ler o blog do nassif e carta maior (se não fez sua inscrição nela vai lá, inscreva-se para receber o boletim, que é daí que vem os recursos deles...) e outros mais.
Tenho fé na internet, e bloquear o projeto Azeredo e a Confecom são extremamente importantes neste contexto para que se mantenha e expanda as possibilidades de democratização da mídia brasileira.

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