Educação Pública: Retrato do Caos

Como se não bastassem os baixos salários, as péssimas condições de trabalho e o mau estado dos prédios escolares, a maioria dos professores da rede são contratados em caráter temporário. Isso porque o governo reluta em abrir concurso público para a contratação de efetivos. Com isso grande parte dos professores vive na incômoda situação de não terem nem os privilégios do serviço público, como estabilidade, nem os benefícios do serviço privado, como FGTS e seguro-desemprego, causa de grande instabilidade quanto ao futuro.
Este ano o governo de São Paulo resolveu mudar as regras de contratação e aplicar uma prova como um dos critérios na atribuição de aulas, junto com o tempo de serviço. Um processo bastante confuso que fez muitos professores se sentirem prejudicados. O resultado foi uma avalanche de ações na justiça contra as mudanças.
Nessa confusão, o ano letivo, que deveria começar no dia 11 de Fevereiro, foi adiado para o dia 16, com prejuízo não apenas para os professores, que precisam definir sua vida, mas principalmente para a sociedade. Por conta do autoritarismo do governo estadual e da falta de transparência na classificação dos professores, puni-se todas as crianças que dependem da escola pública. Mas quem se importa com elas?
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