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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Polêmica Na Praça

soberania-perspectiva

Aos 102 anos e em plena atividade Oscar Niemeyer é, inquestionavelmente, um dos maiores arquitetos da nossa era. Mas não é nenhuma unanimidade e quanto mais sua idade avança, mais as críticas ao seu estilo tendem a aumentar.

Em 2005 ele comprou briga com o CONDEPHAAT ao propor a demolição de uma parte da Marquise do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, para garantir a visibilidade do Auditório, ambos projetados por ele. Como o parque é tombado, a proposta foi negada.

Desta vez, a polêmica gira em torno de um monumento aos 50 anos da Capital Federal, a "Praça da Soberania". Ela seria constuída na Esplanada dos Ministerios sobre um estacionamento para três mil carros e daria acesso a um "Memorial dos Presidentes" e a um "Obelisco" com cem metros de altura apontado para o Congresso Nacional.

O problema é que Brasília também é uma cidade tombada. Não só pelo IPHAN, como também pela UNESCO, que a reconheceu como Patrimônio da Humanidade. Tudo indica que a Praça da Soberania não sairá do papel, mas Niemeyer defende o projeto e classifica o tombamento de cidades como "burrice". Segundo ele, as cidades são organismos vivos que precisam se adaptar constantemente a realidade de cada tempo para sobreviverem.

Discutíveis, como tudo o que é relevante, as posições de Niemeyer são bem definidas. Há alguns anos ele foi convidado para as festividades dos cinquenta anos do edifício sede da ONU, em Nova Yorque, que pouca gente sabe, foi projetado por ele. Mas teve seu visto negado pela Embaixada dos EUA devido as suas posições políticas. Se ficou chateado? Que nada! "Isso demonstra que eu continuo o mesmo", disse o arquiteto satisfeito.

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