Um País (in)Crível
Sempre achei que o Brasil fosse um país incrível, sob vários aspectos. O principal deles é que aqui acontecem coisas incríveis. Hoje não acho mais. Não quero dizer que o nosso país seja desinteressante. Pelo contrário! É que, se incrível é algo que não é crível, algo inacreditável, então não podemos ser uma nação incrível, pois qualquer coisa, por mais absurda que seja, pode acontecer por aqui sem surpreender ninguém. Se aconteceu no Brasil, pode acreditar que é verdade.
Veja o Senador Rennan Calheiros, do PMDB de Alagoas, que teve seu nome envolvido em denúncias de corrupção. Seria a coisa mais normal do (nosso) mundo, não fosse ele o Presidente do Senado. As denúncias foram investigadas tanto pela imprensa quanto por seus colegas Senadores e a cada dia sua situação ficava mais complicada. Claro que ele nem pensou em renunciar _ imagina? Depois de tanto trabalho para se eleger! Mas precisou se licenciar por algum tempo para garantir alguma ordem institucional ao país.
Até aí, tudo bem! Mas de repente os jornais esqueceram do assunto e, sem que nos déssemos conta, o Senador estava de volta ao cargo já devidamente absolvido por seus mui queridos amigos.
A história não termina aí. Rennan Calheiros conseguiu o apoio do PTB na a eleição de José Sarney à Presidência do Senado em troca de "facilitar" a escolha do senador e ex-presidente da república, Fernando Collor de Melo, para presidir a Comissão de Infraestrutura da Casa. Como no Brasil, promessa entre políticos é dívida, Collor, que teve o mandato cassado em 1992 por corrupção, agora é o responsável pela fiscalização de verbas na ordem de centenas de bilhões de Reais. Só no Brasil, mesmo!
Veja o Senador Rennan Calheiros, do PMDB de Alagoas, que teve seu nome envolvido em denúncias de corrupção. Seria a coisa mais normal do (nosso) mundo, não fosse ele o Presidente do Senado. As denúncias foram investigadas tanto pela imprensa quanto por seus colegas Senadores e a cada dia sua situação ficava mais complicada. Claro que ele nem pensou em renunciar _ imagina? Depois de tanto trabalho para se eleger! Mas precisou se licenciar por algum tempo para garantir alguma ordem institucional ao país.
Até aí, tudo bem! Mas de repente os jornais esqueceram do assunto e, sem que nos déssemos conta, o Senador estava de volta ao cargo já devidamente absolvido por seus mui queridos amigos.
A história não termina aí. Rennan Calheiros conseguiu o apoio do PTB na a eleição de José Sarney à Presidência do Senado em troca de "facilitar" a escolha do senador e ex-presidente da república, Fernando Collor de Melo, para presidir a Comissão de Infraestrutura da Casa. Como no Brasil, promessa entre políticos é dívida, Collor, que teve o mandato cassado em 1992 por corrupção, agora é o responsável pela fiscalização de verbas na ordem de centenas de bilhões de Reais. Só no Brasil, mesmo!
7 comentários:
É, pode-se acreditar em qualquer coisa neste país, até em políticos incorruptos.
Mas será que isso é exclusivo do Brasil? Ou será que nossa especificidade é justamente lidar com esses absurdos fleumaticamente?
É vindo do Brasil não é de se esperar não,aqui ja aconteceu de tudo mesmo!, mas como Thiago diz ai em cima isso é exclusivo do Brasil?.
oi eduardo tudo certo?
demorei mais voltei(risos)
Realmente quando eu li a reportagem que dizia que o collor havia sido eleito presidente da comissão de infra-estrutura, fiquei idiguinado.Como pode uma coisa dessas?!
Só nesse país mesmo, aqui a "Terra do nunca" existe de verdade, onde tudo pode acontecer!
parabens pela postagem !
abraço
Thiago,
Realmente, este é um país fascinante onde tudo pode acontecer, tanto coisas boas quanto outras nem tanto.
Não acredito que a corrupção, ou a nossa "tolerância" com relação à ela, seja uma exclusividade brasileira. Sei que governos coruptos existem no Mundo todo, até nos páises ditos mais desenvolvidos e "sérios", mas não ousaria comparar o Brasil a Outros países pois a única realidade que conheço é a nossa.
Talvez a raíz dessa "passividade" seja a nossa falta de identificação com o Estado, o que talvez explique a falta de um senso de responsabilidade com relação a administração pública, não sei. Mas não sou pessimista. Acho até que melhoramos bastante nas últimas décadas. Mas essa melhora tem sido tão lenta...
Roberto,
Com algumas coisas é difícil não ficar indignado. Não sei se é uma exclusividade brasileira, mas eu fico surpreso com a forma que os acordos políticos são firmados sem que os parlamentares se preocupem com o dano moral que causam a imagem deles próprios frente a opinião pública. Parece que eles não estão nem aí com a imagem que a população faz deles.
Guilherme,
Que bom que voltou!
Gostei da comparação com a Terra do Nunca. Me fez lembrar de um programa na TV bandeirantes que rolava quando eu era criança. Era o "Agildo No País das Maravilhas", que fazia humor com os casos de corrupção política. Na época eu não entendia muito bem, mesmo assim dei boas risadas com o Agildo.
Que bom que gostou do meu texto no meu blog.
Fico feliz em saber que o texto lhe fez ter boas ideias.
Gostei do comentário, é verdade. olhando por essa ótica, o passado nos fez ser quem nós somos!
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