Dias Contados
A foto ao lado é de uma rollinia sylvatica. Ela produz um fruto semelhante a fruta-do-conde, só que amarelo e mais doce chamado ariticum. Quando criança, nas férias de fim de ano que passava com minha avó, eu, meus irmãos e primos brincávamos de subir nesta árvore para apanhar alguns frutos, mas como ela era muito alta acabávamos recorrendo a uma vara de bambú.
Nos últimos anos o ariticueiro e seus ariticuns ficaram meio esquecidos nas minhas visitas ao sítio, mas neste Natal, encontrá-lo seco, justamente na época em que estaria mais viçoso, foi uma triste surpresa.
Meus tios já se mostram incomodados com seus galhos secos próximos à casa. “Se continuar ali, mais dia menos dia vai acabar derrubado por um vento mais forte”, contou um deles. Uma pena!
6 comentários:
Edu, que bom que voltou a escrever no blog, estava sentindo falta dos seus posts!
Quanto a arvore estar morrendo, infelizmente essa é a lei da vida não, todo ser nasce, cresce e morre. Mas o importante é que essas boas lembranças que esta arvore te deu, permaneçam sempre com você, assim uma parte dela se manterá viva!
Abraço!!!
Poxa e triste mesmo Edu ver a natureza sendo destruída dessa forma,, por causa do aquecimento global. Mas o importante e que ela deixou boas lembranças pra você.. como disse o Guilherme....
abraços!! e que bom que você voltou a escrever !
Guilherme,
Também estava sentindo falta dos seus comentários!
Morrer faz parte da vida, não tem jeito. É engraçado como muitas vezes só damos valor as coisas quando percebemos que vamos perdê-las. Nunca reparei muito nesta arvore desde que entrei, digamos assim, na adolescência. Ela simplesmente estava ali, como sempre esteve. Só agora que ela vai ser cortada é que percebi o quanto fez parte da minha história.
Aos poucos a paisagem da minha infância vai desaparecendo. Como dizia Heráclito: Nada é permanente, exceto a mudança.
Roberto,
Acho que o ariticueiro morreu de velho, mesmo, hehehe... Não sei se o aquecimento global tem alguma coisa a ver com isso...
De qualquer forma o pensamento utilitarista da terra, que enxerga a vegetação nativa como um estorvo, um entrave à produtividade, provoca não só mudanças na paisagem, mas danos ambientais inversíveis. A estrada que leva da cidade para o sítio tem cada ano menos vegetação nativa e mais pastos e canaviais.
As mudanças e as transformações, tanto nas paisagens quanto em outros aspectos da vida, são inevitáveis e, até, necessárias. Seria muito bom se todas elas fossem para melhor. O problema é que não é.
Essa "visão utilitarista" também provoca a degradação do meio urbano. Casas do inicio do século são derrubadas para dar lugar a prédios de apartamento, áreas verdes cedem lugar a avenidas e bairros residenciais se transformam em corredores comerciais. Assim como no meio rural, também na cidade o que não serve para ganhar dinheiro não serve para nada. Tudo deve ter como fim o lucro, mesmo que seja as custas do que é belo.
Imáginário Urbano,
Compartilho da sua opinião em gênero, número e grau. Ah! Se as coisas só mudassem para melhor...
O Capitalismo transforma tudo em mercadoria. Tudo precisa ter um valor negociável ou não serve. Existem freios a esta atitude perante as coisas, mas aqui no Brasil elas, muitas vezes, chegam tarde demais.
Olá td legal? Olha só estou passando para desejar-lhe um otimo 2010 e convidar a conhecer meu blog o Ecos no endereço WWW.ECOSDOTELECOTECO.BLOGSPOT.COM .Grande abraço e sucesso aí!
Postar um comentário
Seu comentário é bem vindo!