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domingo, 13 de junho de 2010

Copa do Mundo: Difícil Ficar Alheio

Parada 2010 038

Copas do Mundo não me empolgam muito. Tirando o nome do país sede costumo ignorar quase todo o resto, como o nome de países participantes e dos principais jogadores. Nem sempre foi assim. Guardo até hoje figurinhas da Copa de 1986, a primeira que acompanhei sabendo o que era uma Copa do Mundo, e ainda me lembro de alguns jogos, principalmente aquele em que fomos derrotados pela Itália. Chorei neste dia. 
Lembro com carinho da Copa de 1990, a primeira que eu acompanharia do trabalho. A seleção jogava mal _ muita técnica e pouca graça _ e a derrota para a Argentina não chegou a me tirar lágrimas, talvez porque o otimismo não era geral nem contagiante. Durante um dos jogos alguma agência, ou sei lá o que, aproveitou as ruas vazias para tirar fotos prá lá de eróticas em plena rua Henrique Schaumann. Assim que foram descobertos a molecada esqueceu o jogo para ver as garotas que tiravam a roupa bem debaixo do nosso terraço, mas a algazarra foi tanta que elas logo foram embora. Impressionante o poder da atração que a Copa exerce nesta Pátria  de Chuteiras, capaz de parar uma cidade como São Paulo!
A Copa de 1994 teve o mérito de diminuir as vantagens contadas pela geração dos meus pais. A deles já tinha visto o Brasil ser campeão três vezes, a minha nenhuma. Vencemos a Itália nos pênaltis, mas vitória é vitória e lá estava eu, na Paulista agitando a bandeira do Brasil. Foi o primeiro porre da minha vida.
Apesar da conquista do tetra-campeonato foi por esta época que a escalada de violência nos estádios e as denúncias de corrupção nos clubes, que indicavam algo de muito podre no Reino da Bola, enfraqueciam meus instintos de torcedor. O mesmo iria acontecer em relação a Seleção Brasileira nas copas seguintes. Mas devo confessar que é quase impossível ficar indiferente. As bandeirinhas, o colorido das ruas, o barulho, acabam criando um clima especial. Um dia antes da cerimônia de abertura  meu sobrinho pediu minha ajuda para pintar a bandeira brasileira no asfalto. Quem sabe este ano eu não tomo  outro porre?

6 comentários:

Roberto l.Silva disse...

Confesso a você Edu que não sou fã de jogo de futebol. sou corinthiano mas nem vejo os jogos... mas copa e copa paro no sofá pra ver a seleção jogar... pois é só a copa par conseguir para São Paulo.. kk esses dias atrás tinha bastante crianças pintando as calçadas e desenhando nas ruas... gostei do post um grande abraço amigo.!

Eduardo Prado disse...

Roberto,

Também não sou fã de futebol. Até gosto de assistir algumas partidas, principalmente do Corinthians, time que tem a minha simpatia _ embora não possa me dizer corintiano, pois, como você, também não acompanho os campeonatos nem sofro como um torcedor _ , mas nada além disso.

Quanto a Copa, devo dizer que gosto da festa, de ver o envolvimento das pessoas, mas é só isso. Se ganhar ganhou, se não.... a vida continua do mesmo jeito.

Um abraço! Verde e amarelo!

Guilherme Diogo Rodrigues disse...

Olá,Edu

Faz um certo tempo que não passo por aqui em, tenho andado meio sem tempo, muitas provas na facul, e fazendo o tcc também. Vida de estudante que trabalha não é facil.
Em relação á copa do mundo também não me empolga muito, apesar de que quando o Brasil joga eu to sempre lá torcendo.
Coloquei o Banner da campanha pela Memória e verdade no meu blog também, é muito importante que saibamos da nossa historia.

Abraço !!

Thiago Leite disse...

Eu só lembro de uma Copa que acompanhei, quando criança.

Depois disso, na adolescência, eu me irritava com a festa (coisa de adolescente do contra).

Hoje em dia a Copa não me causa nenhuma reação forte, nem de entusiasmo nem de repulsa, só de curiosidade. Ao ver camisas de várias seleções numa loja de roupas, tive vontade de comprar todas e vestir um espírito universalista.

Mas, como qualquer jogo de futebol, as partidas da Copa não me atraem só por serem da Copa. Porém, pode ser que eu veja alguns jogos das finais, que tendem a ser os mais desafiantes.

Eduardo Prado disse...

Guilherme e Thiago,

Que bom que não estou sozinho! Nâo dar muita bola _ literalmente falando _ para futebol em ano de Copa do Mundo é quase como ser um E.T.

Thiago,

Acho que para um antropologo o futebol deve ser um campo interessante para observação e pesquisa.

Guilherme,

Legal que copiou o banner. O Brasil merece, ou melhor, precisa conhecer sua História e acertar as contas com seu passado, mas mais que isso, as famílias dos desaparecidos precisam conhecer o que o regime miligtar fez de seus filhos, irmãos, amigos.

Abraços coletivos!

PINHO disse...

É sempre a mesma História, após uma derrota da seleção brasileira em uma Copa do Mundo, é comum ver muita gente dizer:
" E tudo armação, é tudo Combinado eu não quero mais saber de Copa do Mundo!"
Mas qundo chegab a época de mais uma Copa, A pressão de todo tipo de Mídia acaba nos contagiando.
Imagina a próxima, que será aqui no Brasil
Ai sim:"DIFÍFIL FICAR ALHEIO"

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