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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dilma Eleita!

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Foi com muita satisfação que recebi a confirmação da vitória de Dilma como a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente do Brasil, uma conquista não apenas para as mulheres, mas para todos os brasileiros que votaram pela continuidade de um governo que, com todas as críticas que podem e devem ser feitas a ele,  cuidou dos interesses daqueles que realmente precisam do Estado, os mais pobres e vulneráveis, sem , contudo _ e isso sim foi uma grande frustração _, prejudicar os interesses das classes tradicionalmente privilegiadas. Mas uma parte dos eleitores do Serra não soube lidar com a derrota e partiu para  ataques de verdadeira xenofobia contra os brasileiros do Norte e do Nordeste a quem atribuiram a "culpa" pela derrota do seu candidato. A onda de ódio que se alastrou pelos sites de redes sociais como o Twitter.  
Parte da imprensa forneceu combustível a esta onda ao afirmar que o Brasil saiu dividido dessas eleições: De um lado um Norte/Nordeste pobre e dilmista e de outro um Centro-Sul rico e serrista. Dividido? Acompanhando o mapa eleitoral elaborado pelo jornal O Estado de São Paulo podemos constatar que essa tese não se sustenta. Na maioria dos municípios onde Serra venceu,  a diferença de votos dele para Dilma não foi  tão expressiva. Basta dizer que, somado os votos da região como um todo, Serra perdeu também no Sudeste.
Se os serristas querem acreditar que Dilma venceu por culpa dos Nordestinos, prefiro dizer (só por provocação) que ela venceu graças a eles. Claro que a maioria dos eleitores de Serra não compartilha nem aprova esse tipo de comportamento, mas depois de uma das campanhas mais sujas da nossa história, essa reação virulenta só comprova que a vitória de Serra seria uma temeridade. Como provocação ouso dizer que o dia 31 de Outubro de 2010 deveria entrar para a história como o dia em que o Nordeste salvou o Brasil.

6 comentários:

Thiago Leite disse...

Essas pessoas que "acusam" os nordestinos de serem "burros" ao escolher seus candidatos e que, parece-me, são em grande parte paulistas, talvez tenham esquecido que foram os paulistas que elegeram um nordestino para o cargo de deputado - Tiririca, o candidato a deputado federal mais votado da história de nossa política.

O número 13 deveria deixar de ser o número do azar e passar a significar boa ventura.

Eduardo disse...

Thiago,

Tiririca é pouco. Pode colocar na conta os malufs da vida, Quercia, Pitta... enfim, uma lista enorme que não caberia neste comentário.

Não sei quando essa idiotice de paulista achar que é melhor que outros brasileiros começou, mas é bom esses boçais irem se acostumando a deixar de imaginar São Paulo como a locomotiva deo Brasil. Cada vez mais São Paulo deixa de ser uma locomotiva para ser mais um vagão de uma locomotiva chamada Brasil. E o número 13 tem muito a ver com isso. Aliás, numero de azar mesmo é o 45. E faz tempo.

Abraço!

Um curioso disse...

Só queria entender em que o Maluf e todos os outros corruptos são diferentes dos mensaleiros do PT.

O Nordeste salvou o Brasil?

Menos, amigo.

Marcos Vinicius Gomes disse...

Lembrei da polêmica 'Monteiro Lobato', onde parte do establishment afirmou que é bobagem que se crie restrições em relação ao autor por seus livros terem termos racistas, pois os professores saberão distinguir e as pessoas são sensatas. Quando se envolve interesses de ideologias e instituições engessadas e retrógrada, o parecer em relação ao povo é mutante de acordo com o tema em questão. 'O aluno saberá distinguir a ficção da realidade' é tão contrastante se comparado com o fatídico 'O brasileiro não sabe votar', ou 'os nordestinos trocam votos por cestas básicas do programa assistencialista do presidente-metalúrgico'. Coerente essa gente.

jobarbos disse...
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Eduardo disse...

Marcos Vinícius,

Eu nunca li Monteiro Lobato na infância, conhecia as estórias e seus personagens através de adaptações da tv. Mas quando pequei um exemplar de Reinações de Narizinho que meu sobrinho recebeu na escola percebi as referências pejorativas à cor de Tia Anastácia me incomodaram um pouco. Hoje sei que na obra desse renomado escritor há coisas muito piores.

Eu não sou professor de Português ou de leitura, mas se fosse não me sentiria a vontade para ler Caçadas de Pedrinho ou mesmo Reinações de Narizinho com meus alunos. Quem diz que qualquer criança ou que qualquer professor seria capaz de contextualizar os termos racistas adotados por Monteiro Lobato não sabe o que está falando.

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