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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Considerações Sobre o Caos na Atribuição de Aulas

Volto ao tema do post anterior para fazer uma análise pessoal do caos que se tornou a atribuição de aulas deste ano. Como já escrevi, o governo de São Paulo adotou um novo critério para a contratação dos professores baseado na nota da prova sobre a Proposta Curricular mais o tempo de serviço e títulos, como mestrado e doutorado. De um total de 160 pontos, metade (80 pontos) seriam referentes a nota da prova e metade ao tempo de serviço.
Por exemplo: Um professor com dez anos de sala de aula teria garantido trinta e dois pontos (3,2 por ano), sobre os quais seria somada a nota da prova. Caso ele acertasse todas as questões teria, então 112 pontos, enquanto um novato que também acertasse todas as questões ficaria apenas com a pontuação da prova, ou seja, 80 pontos. Desse modo o novo critério privilegia os professores com mais tempo na rede, ao contrário do que diz o discurso desses professores, de que seriam prejudicados, o que não faz sentido nenhum.
O que aconteceu é que muitos professores iniciantes se saíram muito bem na prova e ultrapassaram os mais antigos, que não se sairam tão bem. O sindicato dos professores, a APOESP, saiu na defesa dos interesses desses professores recorrendo à justiça e barrando o processo de atribuição de aulas.
Concordo que o ideal seria a elaborção de concurso público, como manda a lei, e não uma prova simples como esta, mas acredito que ela ainda é melhor que prova nenhuma. Agora a justiça é que vai decidir quem tem razão. Até lá ficamos esperando.

4 comentários:

Roberto l.Silva disse...

Na verdade eu acho uma otima decisão que a APOESP tomou, mas enquanto a educação sinto que esse ano a educção de são paulo pode tender a piorar, ou talvez não , uma das coisas que fez piorar foi a inclusão do tal de jornal do aluno no ano passado, que piorou o aprendizado para os alunos e para os professores tambem né?.sera que seria capz de haver outro jornal desse este ano?, assim as coisas ian vir de mal a pior ...

Eduardo disse...

Roberto,
A decisão da APEOESP foi IRRESPONSÁVEL, a pior possível. Essa é a minha opinião.
Ela mostra claramente que o sindicato não esta preocupado com a qualidade do ensino oferecido pelos professores da rede. Como justificar apoio a profissionais do ensino que não conseguem interpretar as questões de uma prova simples como a oferecida pelo estado? Como aceitar que um professor que não conhece a matéria que ensina tenha garantido seus "direitos" de lecionar em detrimento de professores que que dominam suas disciplinas. Como justificar a defesa de vagas para professores com dificuldade para ler e interpretar um texto sendo que eles terão que ensinar seus alunos não a ler e interpretar? Difícil.
Mas, voltando às aulas, esse ano começa com recuperação novamante, igual o ano passado. Só não sei o suporte será um jornal ou um material melhor.
Obrigado pelo comentário, Roberto.

Anônimo disse...

Concordo em número e grau com o Eduardo. Fiz a prova, fiquei bem classificada, mas infelizmente não vou conseguir pegar aulas este ano. Enquanto isso, continuamos ouvindo que a educação não melhora, é ruim, é claro; muitos só se preocupam com a questão individual, não com o coletivo, com a educação.
Compreendo a situação dos professores mais antigos, entretanto, se foi algo pré-estabelecido, não tem porque ficarem barrando a situação e questionando quesitos tão insignificantes como: o "erro de português" da prova. Isso é uma vergonha.

Damaris

Eduardo disse...

Damares,

A reclassificação prejudicou prejudicou muita gente. De qualquer forma, esse tipo de avaliação antes das atribuições veio para ficar. Se os professores mais antigos não se atualizarem a situação vai ficar difícil para eles. Mas não desista. Ao longo do ano muitas aulas devem aparecer, e você pode conseguir as suas. Desejo boa sorte!

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