CONFECOM Já Tem Data Para Acontecer
O Presidente Lula assinou nesta Quinta, dia 16 de Abril, o decreto que convoca a 1ª Conferência Nacional de Comunicação – CONFECOM (leia a proposta), a ser realizada de 1º a 3 dezembro, em Brasília. Trata-se de uma conquista do Movimento Pró-conferência Nacional de Comunicação, criado em 2007 por iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), que sentia a urgência de uma política para o setor que contemplasse os interesses da sociedade civil e desse voz aos movimentos sociais, criminalizados pela opinião pública e apresentados pela imprensa como caso de polícia.
A demanda pela conferencia já é bastante antiga. A atual lei de radiodifusão do país é de 1962 e a de telecomunicações, de 1995. As duas precisam ser rediscutidas de forma democrática por todo o conjunto da sociedade para que sejam ajustadas as novas demandas do século 21. O Movimento foi viabilizado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados e é composto por mais de trinta entidades da sociedade civil, além do Ministério Público Federal.
Ainda não escrevi sobre o Movimento Pró-Conferência aqui, apenas acompanho em blogs como o Algodão Hidrófilo, da Flávia, mas a partir de agora passo a divulgar esse movimento por uma imprensa realmente livre, democrática e justa.
9 comentários:
Eduardo,
Isso daí é fundamental. A mídia será um pólo de poder cada vez mais forte e muito provavemente o pólo hegemônico num futuro próximo. Quando tubarões do naipe de um Daniel Dantas jogam pesado para cima da área de telecomunicações não é gratuitamente; isso parte da percepção de que a era do sistema financeiro como motor mais importante da economia está para acabar e a mídia vai ocupar o espaço. Esse debate, portanto, é fundamental para os rumos da Democracia. Veja bem, se não fosse a distribuição de concessões que Sarney fez, é provável que hoje o sistema fosse outro - e muito melhor. A maneira como a política para mídia for feita nesse país determinará - ou ceifará - o futuro de nossa Democracia.
Sinceramente não conhecia O movimento pró-conferência nacional de comunicação. É uma vergonha pra mim, já que faço faculdade de marketing.
Dei uma conferida no blog da Flávia, e achei muito interessante.
Vou pesquisar mais sobre o assunto, e em breve postarei no meu blog.
PS: Edu, tenho uma novidade, vou mudar de curso, apesar do curso de marketing sem muito bom, eu vou mudar pra comunicação institucional e daí seguir pra jornalismo, que tem muito mais a ver com o meu perfil.
O marketing é capitalista demais pra mim, prega uma filosofia que eu não concordo.
Detalhe: Vi que o jornalismo é mais a minha cara, depois que comecei a escrever no blog.
abraço
Hugo,
Só espero que a Conferência não fique apenas no debate de idéias e que a sociedade civil realmente participe e tenha voz. Acho que caberá aos blogs fazer um grande esforço para divulgar a conferência e as discussões em torno dela, pois não é de interesse de nenhum grande grupo nacional que a imprensa mude seu rumo.
Tirando a blogosfera e alguns veículos impressos _ poucos, mas importantes _ qual a repercussão que a Conferência Nacional de Comunicação terá na grande mídia? Será que darão espaço para ela?
Guilherme,Não é vergonha nenhuma. Agora você conhece. Eu mesmo tomei conhecimento no final do ano passado, e o movimento já tem quase três anos!
Como eu perguntei acima, qual a cobertura que a grande imprensa fez até agora dessa Conferência que, diga-se, trata dela própria? Para ela é melhor que ninguém saiba.
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Fico feliz que descobriu algo que realmente gosta. Eu também aprendi muito depois que comecei a escrever em blogs. Não para não!
Mesmo que decida pelo jornalismo, ter cursado dois anos de marketing vai te acrescentar muito na nova faculdade. Tenho um amigo jornalista que adora a profissão. E isso aí! Faça o que realmente quer.
Abraço!
Oi, Edu, Hugo e Guilherme! e leitores do Bem!
olem só a lista de notícias ruins pra rádios comunitárias
http://www.fndc.org.br/internas.php?p=index_noticias&categ_key=85
eu fui procurar a notícia de que algumas rádios comunitárias pelo Brasil que receberam a generosa outorga em dus faixas (17,3 a 17,7,algo assim, e outra faixa grande dessa - tudo isso) e dei com a Anatel destruindo equipamentos de rádios comunitárias.
Flavia e Eduardo,
O que é mais ridículo nessa caça às rádios comunitárias é, justamente, a alegação de que elas podem "derrubar aviões" - é questão de rir para não chorar.
Sempre que a repressão política aperta, acaba empurrando as pessoas para algum lugar e produz transformações políticas; hoje, vivemos num país onde o cidadão médio pode até ter um acesso a informação maior do que a (fraca) base de comparação histórica nacional, mas as pessoas ainda sabem muito pouco do que acontece no país e no mundo e, claro, isso não é aleatório; é repressão mesmo, ou melhor, a sobreposição da liberdade do grande capital difundir informação em relação à liberdade do cidadão fazê-lo e da própria liberdade de ser informado que o cidadão tem.
A pergunta é, o que será da blogosfera quando ela se tornar mais incômoda? Será marginalizada como as rádios comunitárias? Não duvidem.
Flávia e Hugo,
Não duvido mesmo! Campanhas contra os blogs já há.
Pelo que li, além de restringir o acesso a informação, e consequentemente dificultar a aglutinação da comunidade em torno de interesses comuns, também existem motivos econômicos, no caso, os interesses das gravadoras, que reclamam o não pagamento de direitos autorais por parte das rádios comunitárias.
Eu não entendo quase nada sobre frequencias ou ondas de rádio, menos ainda sobre as supostas interferências que elas podem causar à aviação, por isso fui recorrer ao São Google, padroeiros dos internaultas, e ele nunca falha. Agradeço à Flávia por trazer essa informação e ao Hugo por enriquecê-la.
Realmente, pelo que li, se as emissoras comunitárias, que operam com transmissores menos potentes, podem interferir na comunicação entre aeronaves e entre elas e o solo, as rádios comerciais, que operam em frequencias bem mais potentes, interferem muito mais. Então esse não é o motivo pela apreensão e destruição de tantas rádios. Seria, sim, uma desculpa e mal justificada.
Reproduzo abaixo um trecho retirado do site Direito à Comunicação:A posição de Hélio Costa - que mais uma vez coincide com a da Abert - não encontra abrigo nem nos empresários da aviação civil. O presidente da GOL, Constantino Oliveira Júnior, por exemplo, afirmou aos deputados e senadores da CPI do Apagão Aéreo que "a interferência de rádios ilegais na comunicação do piloto com a torre não põe em risco o vôo, já que o piloto troca a freqüência ou faz ponte com outras aeronaves".
O Potencial de interferência das comerciais é maior.Fonte: http://www.direitoacomunicacao.org.br/novo/comunicacao_com.php
Desculpem,
Não era para ter saído verde, mas já foi...
Eduardo: É isso daí mesmo. Uma desculpa estapafúrdia como tantas outras que insistem em nos enfiar goela abaixo. Sua motivação é a luta pelo controle dos grandes órgãos de difusão de informação em massa e assim determinar o tom da Narrativa política.
Oi, Edu!
Cheguei de novo em você por estar googlando confecom. Estou, mais uma vez, fazendo um apelo aos blogs e visitando os que falam do tema.
http://liberdadedeexpressao.net.br/2009/07/29/um-apelo/
as etapas municipais não ocorreram, agora as etapas estaduais precisam de divulgação, se não o mesmo ocorrerá. Posso abusar e pedir uma força, um pão de queijo e uma piscadela?
um abração
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