Professias do Fim do Mundo e do Mundo Norte - Americano
Quem é chegado em professias deve estar adorando as duas mais badaladas deste ano. A primeira, na verdade uma professia maia, diz que o mundo deve passar por transformações terríveis em 21 de Dezembro de 2012. Esta poderá ser a data do fim do mundo, segundo estudiosos do calendário Maia que, diga-se de passagem, é mais preciso que o nosso. Segundo o site português Ciência Hoje, nesta data ocorrerá o solstício de Inverno no Hemisferio Norte _ e de verão, no Sul _ e a Terra se alinhará ao Sol e ao centro da Via Láctea onde, presumi-se, exista um Buraco Negro. E o que isso pode representar de tão terrível para nós, terráquios? Nada, segundo o mesmo site.
A outra, não menos bizarra, é do russo Igor Panarim, um ex agente da KGB que diz ter previsto a desintegração da URSS anos antes dela ocorrer, prevê que os Estados Unidos deverão se desintegrar em seis outros países até meados de 2010. Cedo, né?
Segundo Panarim, a atual crise deve se agravar a ponto de minar a capacidade do governo central manter o país funcionando. O resultado será o aumento do desemprego e consequentemente de conflitos de rua e reivindicações de soberania por alguns estados. Os conflitos raciais se intensificarão levando a verdadeiros massacres, principalmente de negros e latinos. Por fim virá o esfacelamento do país depois de uma sangrenta guerra civil. É difícil encontrar alguém que dê algum crédito a sinistra previsão de Igor Panarim, mas o Congresso Estadunidense já teria convidado o ex-agente russo a dar uma palestra em Washington. Pelo menos é isso o que ele diz.
11 comentários:
Já adianto ao amigo que eu tenho medo do calendário Maia, mas ia ser bem engraçado o mundo acabar sendo engolido por um buraco negro bem no meio da galáxia.
Sobre Panarim, ele é bem pirado mesmo. Se advinhou o fim da União Soviética, eu não sei, mas não acho que era uma previsão muito difícil para um russo, nós é que aqui de fora não sabíamos bulhufas - e os que sabiam, à direita e à esquerda faziam uso político das informações que tinham.
Já sobre as previsões dele para os EUA, eu tenho as minhas dúvidas. Acho mais fácil a Rússia (novamente), China e Índia se dividirem. Acho até mais fácil o Brasil se dividir - apesar da universalidade da língua portuguesa, nosso país tem mais diferenças econômicas e culturais do que os EUA entre si.
Pode ser que daqui a alguns anos vivamos uma verdadeira barbaríe, mas eu suspeito que a tendência seja a superação da lógica inaugurada pela Paz de Westphalia e um avanço cada vez maior em direção de uma governança global numa superação do nacionalismo de tal maneira que lutas secessionistas talvez não façam mais nenhum sentido num futuro próximo.
Hugo,
O cara é muito pirado, sim! Risos...
Se esse previsão fosse para daqui a dez, vinte anos até poderia despertar alguma consideração, mas é para o ano que vem, aí não dá mesmo!
Também acho mais fácil a Rússia se dividir. Além dos problemas econômicos que o país enfrenta ainda há a enorme diversidade étnica, cultural e religiosa que provoca tensões cada vez mais sérias e difíceis de administrar. A Índia e outro país que pode se dividir com mais facilidade. A Caximira só não conseguiu a independência ainda porque a população hindu da região teme sua anexação ao Paquistão, por isso apóia a integração com a Índia.
Quanto ao Brasil, acho uma secessão muito improvável, mesmo a longo prazo. Neste ponto acho que a elite formadora do país foi muito eficiente na construção da nossa identidade nacional. Apesar de todas as nossas diferenças todos reivindicam a condição de brasileiro, mesmo aqueles que gostariam de excluir outros brasileiros dessa condição.
Há alguns anos assisti a uma mesa redonda sobre a Integração da América Latina, com a participação de professores de várias universidades latinas. Uma professora da Argentina, especialista em Relações Internacionais, disse ter ficado impressionada com a falta de identidade do brasileiro com os outros os "latinos" do continente.
Segundo ela, os argentinos, apesar de se sentirem mais europeus que seus irmãos latinos, assumem sua "latinidade" quando se referem a algumas características suas como a alegria, o sangue quente, brigão e temperamental, o modo como vivem em família e o gosto por festas. Já o brasileiro usa o termo "brasilidade" para se referir a essas mesmas características.
No final da sua apresentação ela disparou para os ouvintes: "vocês gostam de falar em nome da América Latina, mas não se sentem latinos, vocês são simplesmente brasileiros".
Agora, com relação a superação do nacionalismo, acho você muito mais otimista que eu. Penso exatamente o contrário. Para mim o nacionalismo está cada vez mais forte. Isso se reflete até na dificuldade que a União Européia vem enfrentando no caminho de se tornar cada vez mais uma federação. A alguns anos isso parecia mais fácil de ser alcançado, mas agora a coisa complicou e há até retrocesso em alguns pontos. Mas as coisa mudam e talvez, você até tenha razão, mas seria para daqui a algumas décadas.
Cada coisa que a gente escuta por aí não. Sera essa uma forma de chamar atenção?
Na minha opinião, sim!
ola edu , tudo bem ?
quanto tempo em , fiquei um tempo sem postar no meu blog , primeiro por que estava terminando um trabalho , e segundo , por que a internet estava um desastre.
Mas estou de volta(risos)
abraço
Eduardo,
Sim, sim, também acho difícil o Brasil se dividir, o que eu coloquei é se eu tivesse de apostar entre - Brasil e EUA - sobre uma eventual secessão, eu apostaria fácil por aqui. Claro, comparado aos demais BRIC's, somos disparadamente o país mais coeso.
Na América Hispânica, o que se vê é bem curioso, diria até que o inverso do que, por exemplo, se vê na China: Os países foram fragmentados articialmente, muito pelos interesses dos caudilhos locais do que por motivos culturais ou interesses políticos. Se a China é um continente mantido unido sob a mão forte de um poder central, os países hispano-americanos, especialemte da América do Sul, poderiam muito bem ser uma Federação.
No entanto, eu desconfio que esse tipo de previsão num futuro próximo; nem sempre houve Estados-nação, nem sempre haverá, acho que a sua era está se aproximando do fim na medida em que o Capitalismo Global demanda cada vez mais uma estrutura política internacional capaz de sustenta-lo.
abraços;
E antes que eu me esqueça: O que estaria acontecendo com o Speedy? Suspeito que a Telefonica não fez os investimentos necessários para abarcar a quantidade de usuários atual...
Suspeito a mesma coisa, Hugo.
Vou até mais longe, suspeito que isso é feito deliberadamente para manter as tarifas nas alturas. Nossa banda larga não só é uma das piores do mundo como é também uma das mais caras. Gostaria de ouvir uma explicação sobre isso daqueles que vivem exaltando a privatização do setor de telefonia como promotor de modernização e eficiência do setor.
Existe uma proposta de estatizar a rede telefonia de banda larga no Brasil. Já li a respeito, mas não estou inteirado do assunto, nem sei em que pé essa discussão anda. Na minha opinião nenhuma empresa privada que detenha o monopólio da área em que atua vai investir além do mínimo exigido pela legislação. É o caso da Telefônica. Ou o governo estabelece metas mais ambiciosas para a expansão da rede de banda larga com preços mais acessíveis ou cria um a outra empresa para atuar neste setor. Nem precisa ser estatal, mas que concorra diretamente com a telefônica. Sem essas medidas vamos continuar pagando muito caro por um serviço muito, muito ruim.
Oi, Guilherme!
Também tive problemas com minha internet _ maldita Telefónica _ e fiquei sem postar por alguns dias. Descobri que sou quase um dependente da internet. É horrível ficar sem ela!
Seja bem vindo!
Exato, Eduardo, os tucanos foram muito competentes em transformar o dogma neoliberal em algo que hoje é tomado quase como senso comum: Privatizar é bom e as estatais não funcionam por sua própria natureza, que hospitais e escolas deveriam ser administradas "como empresas" (?!!) e coisas do tipo.
O fato é que mais do que o desastre que essa ideologia implica para o próprio capitalismo, a maneira como ocorreu o processo de privatização no Brasil foi um espetáculo mais dantesco do que a média (com o perdão do trocadilho infame); o BNDES emprestou dinheiro para muitas empresas estrangeiras "comprarem" as nossas estatais e constituírem um monopólio privado e o banco fez de uma maneira curiosa: Ao emprestar o que não tinha, obrigava que o governo a captar dinheiro no exterior a juros escrachantes - ainda por cima em moeda estrangeira - ao passo que reemprestava esse dinheiro à módicas taxas - baseadas na TJLP. Advinha só quem pagou o ágil?
Pior do que isso, constituiu-se um modelo ruim; o que não é monopólio privado é oligopólio e regulação é caótica. Temos uma Internet absurdamente cara e entre as piores do mundo, temos uma telefonia celular caríssima e assim por diante.
Isso é parte da herança maldita, mas Lula não conseguiu - ou não se preocupou? - desenvolver um modelo de gestão alternativo e isso, na minha modesta opinião, consiste numa das maiores falhas para o seu governo - até pela participação do PT ao lado dos movimentos populares nos anos 90 tentando refrear, até com êxito, a maré do (não)pensamento único.
Isso, aliás, cai em outra questão: Os riscos que a Internet no Brasil ainda corre vão para além do Projeto de Lei do Azeredo - veja você que até o próprio Dantas, se não cair, vai virar um importante player no setor sob as barbas do Governo...
oi edu , me da uma mão , como eh que eu faço pra linkar uma foto no blog em ?!
desde ja obrigado
Oi, Guilherme!
Mandei a resposta por e-mail. Se for o que estou pensando é muito fácil. Dá uma lida no que escrevi e se não for bem aquilo que você está querendo é só responder de volta. Se eu puder ajudar...
Logo dia 21/12 aniversario do meu caçula? Mas quem sou eu para contestar os designos de Deus?
Postar um comentário
Seu comentário é bem vindo!