Rápidos Ponteiros
O Tempo
O Tempo perguntou ao Tempo
Quanto Tempo o Tempo tem
O Tempo respondeu ao Tempo
Que o Tempo tem tanto Tempo
Quanto Tempo o Tempo tem.
O Tempo perguntou ao Tempo
Quanto Tempo o Tempo tem
O Tempo respondeu ao Tempo
Que o Tempo tem tanto Tempo
Quanto Tempo o Tempo tem.
*** Autor desconhecido
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Falta de tempo não é desculpa! Foi com essa frase que uma amiga reagiu a mais uma desculpa minha para não fazer uma viagem que vem sendo combinada a nem me lembro mais quantos anos, mas que é sempre adiada por algum contra-tempo: Trabalho, chuva, falta de grana. Mas desta vez o contra-tempo sou eu.
Nunca fui muito organizado, é verdade, mas poucas vezes estive tão preso a velocidade dos ponteiros do relógio como agora. Durante o tempo em que trabalhei no comércio me acostumei a longas jornadas diárias, de 2ª a 2ª. Domingos e feriados, para mim, eram datas sem importância. Ir ao cinema, visitar alguém ou fazer um passeio eram atividades que precisavam ser previamente planejadas.
Há três anos troquei o balcão de venda pela sala de aula. Teria tempo de sobra se não tivesse 26 salas de aula para lecionar. São seis séries e quatro disciplinas diferentes. Nunca tive uma carga de aulas assim! Prepará-las, corrigir atividades e manter os 26 Diários de Classe em dia tem tomado TODO meu tempo. Nos próximos anos isso deve ficar mais fácil, mas até lá continuarei apanhando.
É por conta disso que o Conversa de Bar tem ficado um pouco abandonado, mas jamais esquecido. Como disse minha amiga, falta de tempo não é desculpa, e devo concordar com ela. O que me falta é organizar melhor meus horários. Estou tentando. Mas porque esses ponteiros precisam andar tão depressa?
17 comentários:
Olá Edu tudo bem?
bom eu também estou com a vida corrida, então somos dois com o mesmo problema (risos).
Claro a situação sua e mais complicada estar organizando diários preparando as aulas e etc.., mas estou com a situação de tanto estudo
que estou quase ficando louco!! (risos) cursos, cursos,escola, ai vem em casa lição lição e mais lição e fim de semana quase não tenho tempo também que tenho que ensaiar fazer trabalho da escola só a noite sobra pro lazer ou a tarde como esta que estou comentando o postagem.
as vezes sinto vontade de voltar no tempo, ou pedir para os ponteiros do relógio andarem mais devagar.
abraço desejo uma boa semana!
Já era hora! Brincadeira, como filho de ex-professor, sei muito bem do que você fala, não é fácil não...ainda assim faço votos para que o Conversa de Bar volte tão logo ao ritmo normal!
Roberto,
Acabo de assistir com meu sobrinho um episódio do Harry Potter em que a Hermione, uma das personagens da série, tem uma espécie de pingente chamado "vira-tempo". Com ele é possível voltar no tempo, assim ela participava de várias atividades durante o dia, mesmo aquelas que aconteciam no mesmo horário. Estamos precisando de algo assim, hehehe...
Abração!
Hugo,
Mas já era hora, mesmo! Hehehe..
Pois é, meu amigo. Vida de professor não é fácil. Estou aprendendo isso a duras penas. Mas tudo é uma questão de administrar melhor o tempo que sobra.
O problema é que sou novato, então cada aula é sempre a primeira vez. Com o tempo, quando tiver mais experiência e mais material a mão, tudo deve ficar mais fácil. Eu gasto tempo muito preparando as aulas. Ao todo são 26 salas de aula _ dá mais de mil alunos! _ nas quais eu leciono para seis séries diferentes (5ª, 6ª, 8ªséries e 1º, 2º, e 3º anos.) em quatro disciplinas: História, Geografia, Ensino Religioso e Sociologia. Fico o dia inteiro na escola,isso é que mata.
Valeu!
A viagem certamente vai render bons textos para o blog.
Aproveite o tempo, carpe diem, take your time.
Pois é mesmo Edu isso resolveria tudo o vira tempo do terceiro livro e terceiro filme da série Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
isso seria otimo resolveria meus problemas era so voltar o tempo (risos)
abraço!!
boa semana pra todos!
Adoro as pessoas que tem coragem de ser leitores de bons livros infantis. Rowling faz muitas coisas interessantes em seus livros, entre elas demonstra o que é imprensa. Vocês devem se lembrar que o the Prophet é alinhado com um governo corrupto e seus repórteses pervertem a verdade para vender jornal por meio de sensacionalismo.
Além disso há muitas outras coisas legais na série, como o fato de que no começo as crianças começam com um senso próprio da infância, dividindo o mundo em branco e preto, sem tons de cinza nem outras cores - há no começo os bons e os maus. Ao longo da série eles vão percebendo que não é bem assim, que tem gente que faz algo de mal por covardia e auto-proteção, tem gente que não é simplesmente um death eater mas desconhece que esse tipo de intriga ainda esteja de pé e ajuda-os por ser simplesmente ganancioso ou sedento de poder, como o ministro da magia. Os prórpios heróis vão tomando outros contornos em que eles começam a perceber que algumas de suas ações foram más por terem sido vingativos em algum momento, que é o caso do próprio harry que percebe que se vingou de seu primo Duddley, e o próprio Ron, que abandona os amigos, mas tem a coragem de voltar atrás. Nem Duddley nem Malfoy são unidimensionais, pois demonstram que são capazes de sentir e se colocar na pele dos outros, e os próprios Malfoys se viram contra Youknowwho por amor ao filho. É fantástico. Eu mandaria qualquer sobrinho ler.
bjos
Nóis que também é profi sabemos o quanto precisamos nos desdobrarmos pra conseguirmos dar aulas. O mais difícil é o começo sim. Nem tenho aulas padrão nem nada disso, pelo contrário, gosto de variar os métodos e tentar novas soluções, mas hoje em dia traço o esquema básico, arranjo o material que se encaixa nele, e ageito a lição de casa em questão de minutos. Antes demorava horas. Mas todas as horas que precisei gastar naqueles tempos em que mesmo em sala de aula sentia minhas orelhas flamejando de tanta atividade cerebral pra tentar dar aula, prestar atenção ao que ocorria entre os alunos, estar atenta a deixas dos alunos que pudessem ser aproveitadas, atenta à forma como eles estavam trabalhando juntos (ou as vezes os problemas entre eles) e dar o ponto com leveza e humor não era bolinho. Mas se eu não tivesse feito aquele esforço todo, com certeza hoje dar aula seria ou a repetição de uma rotina chatíssima, ou um peso nas costas, pois é nesse esforço inicial de tentar conhecer os vários elementos e variantes presentes nas situações de ensino que dão ao professor jogo de cintura pra tirar coelhos da cartola sem nem ter cartola a mão, no futuro. Você verá
Olá, Flávia!
Caramba! Confesso que ainda não li nenhum livro da série, talvez por isso não tenha pensado Harry Potter desse jeito. Adoro a história, os cenários e a forma como a amizade é retratada _ como um valor pra lá de especial _ ao longo da série. Mas não é só isso. É preciso ser muito interessante para ser lido por Dezenas de milhões de crianças e adolescentes do mundo.Esse sucesso de Rowling não é a toa.
Quanto as aulas, é por aí mesmo. O agravante é que acabei de pegar várias salas que estavam sem professor. Então preciso correr para conseguir cumprir pelo menos parte do conteúdo previsto para ter como atribuir nota às turmas. Vai ser paulera até o fim do mês...
Ih, Thiago!
A viagem já era! Agora, só em Julho. Até lá estarei de férias, então...
Não tinha como viajar agora, tinha muitas coisas para adiantar. Não são só as aulas, não. Minha casa estava uma bagunça só. Ainda esta, mas já melhorou um pouco. Não tenho ninguém pra lavar roupa, menos ainda para arrumar a casa. Esses quatro dias renderam bem.
Abração!
Ola, Edu.
Sabe que eu me faço a mesma pergunta?!
Tambem ando meiu sem tempo pra escrever. Preciso me organizar mais, se não fica dificil.
A e obrigado pelas dicas em relaçao ao link do blog, em breve eu mudarei!
abraço!
num li, mas ouvi. Acho uma pena que a gente não tenha uma tradição de oitiva na língua portuguesa. Os audio-livros são poucos, eu mesma sempre tenho vontade de pegar um microfone e gravar algum autor que já seja de domínio público. As pessoas fazem isso em lingua inglesa como voluntários para deficientes visuais, mas qualquer um pode baixar (se houver interesse, a própria project gutemberg tem em várias línguas). Foi assim que conheci jane austeen, tristão e isolda, e outros. Mas o harry em audio é pirateado do audio-book comercial. O áudio chega às livrarias no mesmo tempo que o livro impresso, e o leitor é sempre um mestre: impressionante na sua capacidade de interpretar e modular a voz para os personagens (o cara que leu os livros da rowlin é récord de número de vozes criadas para a série, mas na minha opinião ele não chega aos pés do que gravou o hobbit em LP - são alguns LPs pra completar a história, mas ainda assim, ela é tão longa que teve que ser abreviada, ou dá-lhe LP. na era do CD é mais fácil).
Penso na tradição de ouvir livros como uma vertente de uma tradição muito mais antiga que não morreu naquela cultura. Homero é o que se conhece da tradição oral grega. Os estudiosos nem sabem se Homero foi de fato um homem, se ele apenas registrou esta tradição oral, e olha que as histórias, contadas em verso, cuja rítmica e rima auxiliava na memória coletiva da história e era arte do contador, eram enormes, e todos sabidos de cor. Na Inglaterra vitoriana as senhouras se reuniam para fazer seus trabalhos - trabalhos de senhoras e senhoritas bem educadas, crochê, pintura, desenho, embroidery, etc - e não era raro que alguma delas lia para as outras.
Meu pai me contava estórias longas pra eu dormir - a minha preferida era chapeuzinho vermelho, mas ele contava outras, inclusive, falando nisso, suspeito que uma delas venha do folclore portugUês, ele é portuga, de um vilarejo chamado campo de víboras. Família camponesa-esa-esa. Coisa de gente simples.
As pessoas tem preconceitos contra ouvir livros - mesmo colegas de sociologia, história, letras e filô e geografia. Tem também um inexplicável preconceito contra o e-book, que eu acho o máximo. O problema é ou ter um laptop pequenino ou um palm top. Mas imagina, poder carregar uma biblioteca inteira no bichinho, e quando vc se lembra: ah sim, acho que weber falou disso, dá um procurar e acha. Ainda é muito difícil no ]brasil, pois o meio não foi desenvolvido, mas imagina que lindo. Eu, sentir apego pelo papel? Que coisa besta. Sinto apego pelas idéias. O papel mesmo é uma coisa que pesa, fica velho, pega traça, cheiro de pó, estragou perdeu, o arquivo pode ter back-up, e além do mais no japão a sony inventou o eletronic ink que não chega no Brasil nem a pau, pois nem os e-book devices normaizinhos não chegam, mas o sony com eletronic ink quase não gasta bateria e não produz luminozidade, igual um livro. pra ler na cama precisa de abajour.
Guilherme,
Tempo realmente tem sido um problema. No meu caso o que tem me impedido de postar é não ter nenhum horário livre durante o dia para escrever. Minha primeira aula é as 7h00 da manhã e a última termina 11h00da noite. Isso todo dia. E esse horário é cheio de "janelas", como os professores chamam os intervalos entre uma aula e outra. Tipo dou a primeira aula e as segunda, depois a quinta, a primeira do período da tarde e a quarta, depois a segunda, terceira e a quinta do noturno. Nesse meio tempo só consigo ir para casa almoçar, e tem que ser rápido.
Fico feliz que tenha conseguido o domínio que queria. Sorte ele ainda estar disponível. Espero que minhas dicas tenham ajudado!
Abraço!
Olá, Flávia!
Já faz algum tempo eu li uma entrevista do Humberto Eco sobre essas novas tecnologias que um dia tendem a substituir o papel. Na verdade ele falava sobre o perigo desses novos suportes provocarem o "desaparescimento" de boa parte da produção cultural da humanidade, por não terem uma vida útil muito longa. Mesmo os livros em papel não fugiram as suas preocupações, por serem feitos, hoje, de um material de baixa qualidade, exatamente para baratear as obras. Segundo ele, as páginas de um livro, desses comuns que a gente compra em banca de jornais, não durará mais que 70 anos. Se chegar a isso.
Outros livros, mais caros, podem durar um pouco mais, certa de um século. Talvez um pouco mais, talvez um pouco menos. Isso se for armazenado em local adequado. Um CD ou DVD tem vida média de 10 anos, um CD-Rom 20 anos, apenas. Arquivos digitais precisam de energia para serem acessados. No caso de uma hecatombe que destrua toda a infra-estrutura desenvolvida pelo homem no último século e meio, tudo o que estiver digitalizado estará perdido para sempre.
Eu tenho vários título digitalizados em um CD-rom. Muito mais, diga-se de passagem, que os que tenho em papel. Até hoje só utilizei alguns para pesquisa, fora isso não consegui ler nenhum deles no computador. Minhas costas reclamam da postura diante do PC e o brilho da tela cansa minhas vistas. Talvez, com um e-book como esse da Sony, ler livros digitais seja tão prazeroso quanto ler um livro de papel.
É, Edu, o problema é que não se desenvolve o mercado aqui. Se vc for fazer as contas, por mais caro que seja um aparelho desses, ia sair barato, diluindo o preço do aparelho no número de livros que você lê e papers, e tudo mais que vc baixa. Mas como nem o mercado de livros se popularizou, é coisa cara e tudo, quanto mais chegar o mercado digital aqui.
O que é mais ridículo é que nem as tecnologias mais baratas chegaram. E-book device é uma coisa que existe há anos, já é velharia. Sendo que o aparelho de tecnologia mais antiga, eu esperaria que custasse no preço final uns 30 a 50 reais no máximo. A digitalização dos clássicos poderia fazer com que eles chegassem às mãos de qualquer um em qualquer rincão do país, mas sem o suporte de leitura, também ninguém aguenta ficar sentado na frente do telão lendo. Daí vem a Amazon e baixa com aquela máquina deles, que é tecnologia velha, e obriga todo mundo a pagar caro. Uma m...
Ficção científica a parte, há formas muito seguras de guardar e verificar informações guardada quanto à sua fragmentação ou não, do que o DVD. DVD é mídia barata de transporte e armazenamento, os servidores como o do projeto Gutemberg colocam uma máquina para armazenar e essa mesma máquina está sempre verificando a integridade dos dados e os dados são multiplicados pelos que baixam, sendo que há no momento, para os dados da Gutemberg, milhões de cópias de segurança para o futuro da humanidade, pois são as cópias que nós fazemos ao baixar o arquivo. Fala lá pro Eco: "fica tranquilo, mermão, a cultura humana livresca está salva, sangue bão. Inclusive da traça, do sol e do mar". ks ks
Edu,
Saiba que o útero está sempre aberto a penetração de suas ideias, para assim gestarmos o entendimento. Não obstante, passo para dar-lhe boas vindas aos seus textos, li todos desde ontem pela madrugada, muito me agradei .Espero que, seus selft ,seu consciente e inconsciente estejam sempre em harmonia com o : mundo sensível ,e possas sempre contemplar o : inteligível – bem como mencionas em algum texto Platão-.
Deste modo, todas as desordens em teu coração e em teu ego alcancem o equilíbrio com a melancolia e , com o tédio que sempre sentimos pois assim é o universo , assim são leis que nos emergem –somos assim-.
E que de toda tragédia vindoura ,ou alegra sucessiva .Tu possas ser acrisolado ,isto é, purificado e que destas águas venham rios de escritas, de poesias e de diálogos na mesa de bar, em migalhas de entendimento
Beijos com afeto!!
Minha briga com o relógio já faz parte da rotina. As vinte e quatro horas do dia são muito poucas para mim. Tive um chefe que costumava dizer que falta de tempo é desculpa para quem tem falta de métodos. Mas sempre que eu precisava dele para resolver algum problema de última hora ele sempre "estava sem tempo".
A vida moderna é muito corrida, talvez porque gastamos muito tempo com atividades desnecessárias, supérfluas, mas as quais damos importância social muito grande. Tempos modernos!
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