O Bota Fora do Serra - Já Vai Tarde
Se eu fosse jornalista já teria sido demitido faz tempo. Imagina escrever sobre um fato 24 horas depois dele acontecer? Mas como diz aquele velho ditado popular, antes tarde do que nunca e, como eu não trabalho mesmo para nenhuma redação...
Ontem, 31 de março, os professores de São Paulo se reuniram em mais uma Assembléia, a quinta desde o início da greve, para decidirem os rumos da paralização. A concentração voltou a ocorrer no vão livre do MASP, na Avenida Paulista. De lá os professores seguiram em passeata pela rua da Consolação até a Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, onde votaram pela continuidade da greve, que já está na quarta semana.
Ontem, 31 de março, os professores de São Paulo se reuniram em mais uma Assembléia, a quinta desde o início da greve, para decidirem os rumos da paralização. A concentração voltou a ocorrer no vão livre do MASP, na Avenida Paulista. De lá os professores seguiram em passeata pela rua da Consolação até a Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, onde votaram pela continuidade da greve, que já está na quarta semana.
Esta assembléia ocorreu sob uma motivação especial, além dos protestos habituais contra as políticas do governo do estado de São Paulo para a educação pública e das reivindicações que estão na pauta do movimento grevista, os professores _ e outras categorias profissionais de servidores públicos paulistas, aproveitaram para fazer um “bota-fora” ao governador José Serra, que deixa o governo do estado para se candidatar à Presidência da República, cargo que, se depender desses professores ele jamais ocupará.
A violência com que a assembléia anterior foi reprimida pela polícia afastou alguns professores, temerosos de que ela se repetisse, e o dia escolhido, quarta-feira, no meio da semana, contribuiram para que o público fosse menor que das outras vezes, mesmo assim a quantidade de pessoas impressionou. A imprensa mais uma vez tentou minimizar a manifestação, falando em centenas de manifestantes e não em milhares. A Polícia Militar, a exemplo das outras vezes, divulgou um número tão pequeno, três mil, que chega a provocar vergonha alheia.
É mais por conta disso, dessa auto-censura nos meios de comunicação, que eu continuo postando as fotos e os vídeos registrados por mim durante as manifestações para que mais pessoas tenham acesso a uma informação que é sonegada pela imprensa. Trata-se de um compromisso com a categoria a qual eu pertenço, pois também sou professor, mas também com a sociedade, que precisa ter a sua disposição o maior número de fontes possível. A internet vem se consolidando como um importante contraponto ao poder da mídia tradicional e embora a relação de forças ainda seja muito desigual ela já não pode mais ser subestimada.
Seguem algumas fotos e vídeos da Assembléia dos Professores do dia 31 de março:
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