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sábado, 17 de abril de 2010

Igreja Católica: Uma Barca a Deriva

Bandeira do Vaticano
bandeira do Vaticano
Origem da Imagem: http://consagração.com/

Aviso aos navegantes: A Barca de São Pedro encontra-se à deriva num oceano de escândalos e segue em rota de colisão contra as liberdades religiosas, os direitos das mulheres, dos homossexuais, contra a democracia, a tolerância, o convívio harmonioso entre os povos e o direito à informação sobre formas de planejamento familiar e de prevenção contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Não é de hoje que a Igreja Católica dá sinais de que perdeu completamente a capacidade de enfrentar seus próprios problemas,  preferindo eleger bodes expiatórios para preservar sua santidade.  É o caso da recente condenação da Igreja ao sincretismo religioso praticado no Brasil e da infeliz _ e irresponsável _ declaração de um cardeal da Santa Sé atribuindo ao homossexualismo os crimes de pedofilia praticados pelos seus padres ao redor do mundo, como se uma coisa tivesse relação com a outra. Sobre esse assunto recomendo a leitura deste excelente posto do Thiago Leite na sua Teia Neuronial.

A Igreja de Roma sempre teve dificuldades históricas para se adaptar às transformações sociais, mas já foi capaz de surpreender, como em 1891, quando Leão XIII publicou a encíclica Rerum Novarum (das coisas novas, em Latim) defendendo as reivindicações dos trabalhadores e a legalização de sindicatos e partidos políticos ligados a eles. O objetivo era fazer da igreja uma alternativa às ideias socialistas e anarquistas, mas mostrava que o vaticano não estava alheio às transformações que ocorriam no mundo; ou com o Concílio Vaticano II que inseriu a Igreja no século XX dando voz para as diferentes tendências que havia dentro dela, modernizando a liturgia, aproximando-se mais dos fiéis, e flexibilizando a posição do Catolicismo diante das outras religiões valorizando o ecumenismo. Não chegou a ser uma revolução, mas já representou um grande avanço.
A reação conservadora, com a eleição de João Paulo II, impediu que mais reformas fossem realizadas e até conseguiu reverter algumas. Bento XVI segue na mesma direção, tentando restaurar a Igreja da Contra-Reforma em pleno século XXI.  Já está na hora de avisaram São Pedro que sua Barca está vazando água.

Technorati Marcas: ,,,

6 comentários:

Thiago Leite disse...

Há quem considere que deveríamos ignorar a Igreja e deixá-la virar ruínas por si mesma. Mas infelizmente ela ainda tem muito poder sobre muita gente, o que ainda a manterá de pé por muito tempo, sem sofrer grandes mudanças por décadas, talvez séculos.

Mas todos os impérios conhecidos decaíram e tombaram. Questão de tempo...

Eduardo Prado disse...

Também acho, Thiago, questão de tempo.

A Igreja ainda tem muito poder junto aos fieis, mas estes são cada vez menos. O que ainda alimenta esse "império", acho, a esta guinada conservadora que tomou o mundo a partir dos anos 90, mas isso passa. Acredito que a Igreja possa durar, pelo menos, mais dois mil anos, mas para isso vai ter se reciclar, e muito. Mas ela já mostrou que é capaz disso.

Ericka disse...

Será gente?

porque grande parte das pessoas ainda é extremamente reliogsa, o Brasil mesmo tem muitos religiosos e seguidores também, da Igreja Católica, que tem como principal concorrente a Igreja Evangélica.

Eñtão eu fico na dúvida em relação a este seu comentário Eduardo.

Infelizmenteee, a Igreja ainda é o refúgio de muitas pessoas que cometem crimes, até porque eles estão protegidos "em nome de Deus".

Espero mesmo que isto mude com o passar do tempo, mas ainda assim acho meio difícil...

É isso.

Beijos

Eduardo Prado disse...

Olá, Éricka,

Quando eu ainda saída da adolescência, lá pelo início dos anos 90, a impressão que tinha era que, não só a igreja, mas a própria religião, percorriam um caminho inexorável e sem volta rumo a extinção. Bem, como você pode perceber era só impressão mesmo.

Da segunda metade dos anos 90 até agora, talvez por conta do fim do milênio, a religião _ e por consequência a Igreja Católica _ renasceu e ganhou um impulso que me surpreendeu. É esse renascimento, esse impulso, que eu acho que passa, mais dia menos dia. E quando isso acontecer a Igreja vai precisar se reconfigurar, como fez no Concílio Vaticano II.

Será que a Igreja de Roma teria a mesma influência que tem hoje se mantivesse o rito em Latim ou se não flexibilizasse os códigos de comportamento das ordens religiosas, atraindo mais sacerdotes e freiras? Ou sem as pastorais? Acho que issas medidas deram sobrevida à igreja, mas não é o suficiente para mantê-la por mais dois mil anos. Outras reformas precisaram ser feitas.

Obrigado pelo comentário!

Anônimo disse...

o cristianismo faliu, e olha que faz tempo, muito tempo...

Anônimo disse...

todos nós sabemos que as religiões já faliram, mas os supostos mandatarios, ficam em silencio..

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