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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Que Bonito, é!

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Memórias de São Paulo

2011-01-25 São Paulo Marg
Hoje, São Paulo completa 457 anos. A cidade foi fundada por padres jesuítas em 1554, no dia dedicado a São Paulo Apóstolo, numa pequena colina entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú.  O primeiro teve seu curso desviado em 1890 para além do atual  Parque Dom Pedro. Do segundo restou apenas o nome do vale que separa o Centro Velho do Novo. O rio Anhangabaú foi canalizado no início do século XX para a construção do parque do Anhangabaú, uma grande e bela área verde que daria lugar, nos anos 40, a um também grande, mas não tão belo, estacionamento para automóveis. Na década seguinte, nos anos 50, o vale histórico seria reduzido a apenas um trecho da Avenida 23 de Maio. A via expressa ainda está lá, mas desde 1992 passa por debaixo do Vale Anhangabaú, agora transformado, novamente, em praça. Em 2006, prefeitura da cidade manifestou o desejo de devolver a atual praça aos automóveis, por enquanto sem sucesso.
Largo da Memória 5O Largo da Memória e o Obelisco do Piques

Até a inauguração da primeira Estação da Luz, a principal porta de entrada para a capital paulista era o Largo do Piques por onde se chegava vindo pelo Vale do Anhangabaú. Ali existia uma "bica d'água" que matava a sede da cidade e das tropas de mulas que chegavam de várias regiões. Devido a importância estratégica do lugar o governo mandou construir ali, em 1814, um chafariz e um monumento, o obelisco do Piques, erguido "Em memória ao zelo do bem público", daí a origem do nome atual do Largo. A história do monumento pode ser encontrada  neste site da prefeitura, o mesmo que convida empresas privadas a adotar o monumento e cuidar da sua manutenção, que aliás, é bem falha. Parece que o zelo pelo bem público ficou apenas na memória.
Em 1922, em comemoração ao centenário da Independência, o largo da Memória ganhou um charmoso projeto paisagístico com um belo conjunto de escadarias e um painel de azulejos representando a antiga parada de mulas.
O tempo passou, a cidade continuou crescendo e o Largo da Memória foi ficando esquecido. Passando pelo local não encontrei nenhuma placa que informasse aos poucos transeuntes que estão diante de uma antiga porta de entrada para a cidade e de um monumento erguido há duzentos anos, o primeiro da cidade. Também não há qualquer informação sobre a centenária figueira que existe ao lado do monumento, a arvore também é tombada pelo patrimônio Histórico, mas está igualmente mal cuidada e cercada de lixo.
Abaixo um vídeo do grupo Rumo cantando ladeira da Memória, produzido no início dos anos 80, quando a Ladeira da Memória ainda era um lugar movimentado.

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dilma Eleita!

31102010(022)-1

Foi com muita satisfação que recebi a confirmação da vitória de Dilma como a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente do Brasil, uma conquista não apenas para as mulheres, mas para todos os brasileiros que votaram pela continuidade de um governo que, com todas as críticas que podem e devem ser feitas a ele,  cuidou dos interesses daqueles que realmente precisam do Estado, os mais pobres e vulneráveis, sem , contudo _ e isso sim foi uma grande frustração _, prejudicar os interesses das classes tradicionalmente privilegiadas. Mas uma parte dos eleitores do Serra não soube lidar com a derrota e partiu para  ataques de verdadeira xenofobia contra os brasileiros do Norte e do Nordeste a quem atribuiram a "culpa" pela derrota do seu candidato. A onda de ódio que se alastrou pelos sites de redes sociais como o Twitter.  
Parte da imprensa forneceu combustível a esta onda ao afirmar que o Brasil saiu dividido dessas eleições: De um lado um Norte/Nordeste pobre e dilmista e de outro um Centro-Sul rico e serrista. Dividido? Acompanhando o mapa eleitoral elaborado pelo jornal O Estado de São Paulo podemos constatar que essa tese não se sustenta. Na maioria dos municípios onde Serra venceu,  a diferença de votos dele para Dilma não foi  tão expressiva. Basta dizer que, somado os votos da região como um todo, Serra perdeu também no Sudeste.
Se os serristas querem acreditar que Dilma venceu por culpa dos Nordestinos, prefiro dizer (só por provocação) que ela venceu graças a eles. Claro que a maioria dos eleitores de Serra não compartilha nem aprova esse tipo de comportamento, mas depois de uma das campanhas mais sujas da nossa história, essa reação virulenta só comprova que a vitória de Serra seria uma temeridade. Como provocação ouso dizer que o dia 31 de Outubro de 2010 deveria entrar para a história como o dia em que o Nordeste salvou o Brasil.

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domingo, 31 de outubro de 2010

O Dia D: Dia de Eleição

Tucano X PT
Chega ao fim uma das mais tensas e sujas companhas eleitorais nestes meus quase vinte anos de eleitor. Um vale-tudo que chegou no limite de comprometer a laicidade do Estado e explorar velhos preconceitos  para tirar votos do adversário.  A disputa não é apenas entre Serra e Dilma, entre PSDB e PT, mas entre dois projetos de nação: O de um Brasil de poucos, em que os privilégios de alguns se mantém as custas da exclusão da maioria, e o de um novo Brasil que emerge das políticas de desenvolvimento social e econômico que, pela primeira vez em muito tempo, andam juntas, um Brasil que é, cada vez mais, de todos os brasileiros.
Fico tentado a dizer que nestas eleições os brasileiros estão decidindo entre o novo e o velho. De um lado, com Serra, os interesses da imprensa tradicional e os projetos de lei que tentam cercear a liberdade na internet, e de outro, com Dilma, os internautas pelo direito de explorar as novas possibilidades criadas com ela.  O PSDB, que desde sua fundação procurou ser identificado como um partido moderno, se associou ao que há de mais atrasado na sociedade brasileira, para tentar alguma chance de vitória.
O leitor pode não concordar com minhas observações, esse é o meu modo de ver as coisas, mas independente das preferencias politicas há de concordar que estamos diante de duas maneiras diferentes de pensar o país, e apenas uma sairá vencedora deste pleito. Eu fiz a minha opção, votei no projeto que acredito ser o melhor para o Brasil, agora é esperar a apuração das urnas e torcer para que este seja o vencedor.

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Revista do Brasil é censurada nas bancas e na internet.

2010-03-20 Assembleia 19 de Março1

As liberdades de expressão, de pensamento e de imprensa são direitos consolidadas pela Constituição Federal de 1988. Mas em diversas situações, como em processos que correm em segredo de justiça e em períodos eleitorais, a justiça entende que essas liberdades devem ser limitadas para o bem do interesse público.

É difícil entender como a imposição de limites à liberdade de expressão pode ser benéfica ao interesse público, mas essa é a interpretação que as vezes prevalece entre nossos juristas.

Não é o caso de dizer que a há riscos à liberdade de expressão e de imprensa no Brasil, mas talvez seja o caso de pensar que em alguns casos interesses políticos _ e os interesses econômicos por trás deles _  interferem em outro direito fundamental, o direito à informação.

A imprensa elegeu seus inimigos, mas nenhum deles representa ameaça a sua livre atuação: O Presidente Lula, sistematicamente acusado de atacar a imprensa, e O PNDH-3 _Programa Nacional de Direitos Humanos _ , denunciado como uma tentativa do governo Lula de controlar os meios de comunicação. É legítimo que a imprensa e seus órgãos de defesa denunciem qualquer tentativa de censura, mas a liberdade que eles defendem vale para todo mundo?

A imprensa ainda resiste em defender a liberdade de conteúdos na internet e não parece ficar a vontade com a diversidade de opiniões. Recentemente a psicanalista Maria Rita Kehl foi demitida do Jornal O Estado de São Paulo, O Estadão, por "delito de opinião", nas palavras dela, após escrever, em sua coluna, um artigo que contrariava as opiniões do jornal.

Os inimigos à liberdade de imprensa são outros. Há cerca de um mês a revista Carta Capital foi Processada pelo Ministério Público Eleitoral  e no último dia 18, a distribuição da Revista do Brasil foi suspensa pela justiça a pedido do PSDB, ambas acusadas de favorecerem a candidata Dilma. As duas publicações têm em comum o fato de publicarem matérias que desagradaram o candidato José Serra, amplamente favorecido pela grande imprensa, contando, inclusive, com o apoio declarado do Estadão, o mesmo jornal que demitiu a colunista que ousou discordar. 

Quanto ao ato de censura sofrido pela  Revista do Brasil, o referido jornal, orgulhoso de sua defesa histórica pela democracia e que diz estar sob censura há 447 dias, dedicou apenas algumas poucas linhas. A maioria  para justificar a censura, nenhuma de indignação por ela. 

Leia o conteúdo da edição censurada, aqui.

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